domingo, 28 de agosto de 2011

Re-re-revolução

O mundo vive em constante revolução, nos vivemos em constante revolução e isso não seria diferente dentro das formas culturais. A evolução cultural da nossa sociedade pode ser posta em seis momentos, que são: a cultura oral, a cultura escrita, a cultura impressa, a cultura de massas, a cultura das mídias e a cultura digital.
Dentre essas evoluções, as duas mais importantes são: a cultura das mídias e a digital. Após a Revolução Industrial, a cultura de massa começa a ser disseminada em todo o mundo. Assim como o Ford T era fabricado em larga escala, a industrial cultural também. Consumíamos tudo em massa. Tudo era feito em grande escala. Éramos tratados como homogêneos. Pois bem, após a Segunda Guerra Mundial, tomou-se um novo conceito de como se difundir a cultura das mídias e suas novas tecnologias. Criou-se a TV à Cabo, o Vídeo-cassete, o próprio Vídeo Clip, o Walkman etc. A informação e o entretenimento começaram a ser fragmentado. Ou seja, o consumidor é tratado de forma individual, logo, seu consumo também. Então vejamos, passamos de uma cultura de massas, para uma cultura de mídias, que possibilitou ao consumidor a fragmentação e um maior controle do que, quando e onde ele vai querer assistir a um filme, ouvir uma música. Mas como foi dito, o mundo vive em constante revolução. Mal começamos a era da cultura das mídias e nos transportamos para a Cibercultura. Esta chega com o advento da internet. Sabemos que a internet não foi inventada nos anos 1990, e que já na Segunda Guerra Mundial ela já era usada, mas da forma que ela é usada hoje, seu principio teve nos anos 1990. Através da Cibercultura, comprimimos toda a noção de tempo e espaço. A economia, as relações sociais, o ensino, a saúde, enfim, tudo esta conectado a uma rede. Podemos dizer que vivemos em uma aldeia Global. Enquanto a cultura das mídias apenas fragmentou a informação e o entretenimento, a Cibercultura popularizou esses conceitos.
Ela convergiu todas as mídias em si e disseminou-se em todo o mundo. Hoje, todas as pessoas estão conectadas, o Facebook é um ótimo exemplo dessa nova era da humanidade. A informação é compartilhada em escala Global, exemplo: Wikileaks.



Portanto, saímos de uma cultura das mídias, que na qual fragmentou o consumidor, mas mesmo assim era estático, para a cibercultura, que continuou com a idéia de fragmentação, mas há o compartilhamento de informação no ciberespaço. Hoje continuamos sendo receptores, mas também somos produtores.

sábado, 27 de agosto de 2011

Marcas, Entretenimento e Pessoas

Sempre falamos as Marcas precisam disso, fazem aquilo... Mas já parou para pensar que as pessoas também são marcas? E que as marcas hoje tem um interesse maior em parecer estar no mesmo nível do consumidor? No tempo em que o Fordismo imperava, a marca era a ditadora pelo fato de não existir muita concorrência. Quando a GM se deu conta que existe nichos, começou a atender a partir da necessidade destes diferentes públicos. Com esta nova visão sobre o consumidor o conceito Marca mudou, isso representa apenas um degrau do que as marcas iriam descer da escada do "ego industrial".

Hoje as marcas disputam por atenção e muitas marcas não fazem ideia de como acompanhar o consumidor sem ser inconveniente. As mentes criativas das corporações e das agências acharam a saída no entretenimento, nenhuma novidade para nós, mas o que vem se reinventando é a forma de como atingir o nicho desejado sem ser inconveniente.

Uma ação que mostra muito bem isso foi a iniciativa do Itaú em patrocinar uma pessoa que virou marca no mundo digital, que ficou responsável de sutilmente promover a frase de sustentação "feito para você" em seu Vlog. O vídeo é muito bacana e conta com uma produção muito bem feita, a mais bem feita para o Joe Penna. Com toda essa temática de evolução do Itaú o vídeo não poderia ficar de fora e mostra a evolução dos games até 2010 com a chegada do Guitar Hero (o jogo de Rock também não é ao acaso). Para confirmar todos estes meus argumentos procurei no Twitter alguma informação sobre essa ação e achei um tweet da Agência Africa que nos revela tudo:

O Mystery Guitar Man estrela o filme da nova campanha do Itaú na Internet que apresenta seu patrocínio ao Rock in Rio.

E pensar que estava assistindo um mero entretenimento sem finalidades comerciais, é a Publicidade mudou, eu gostei desta mudança e você? comente aqui o que você acha das marcas no mundo do entretenimento?

Ah ficou curioso para assistir o vídeo? antes de comentar da uma olhada. ;)



domingo, 21 de agosto de 2011

Storytelling

Olá, hoje falaremos um pouco sobre Transmidia Storytelling. Você deva estar se perguntando, o que é isso? Tentaremos responder agora.
O conceito de Transmidia Storytelling foi cunhado por Henry Jenkins quando lançou seu livro Cultura da Convergência.

Transmidia Storytelling nada mais do que fazer um mix entre: conteúdo 360, Convergência, Entretenimento Cross-Mídia, Marketing Integrado, Mídia Agnostic, Entretenimento Multiplataforma e Comunicação Multidisciplinar.

O Storytelling tem como objetivo desenvolver a mesma narrativa em varias outras mídias. Um exemplo é a história do bruxinho Harry Potter, sua narrativa não ficou apenas restrita ao cinema, devido ao sucesso nas telonas, Harry Potter, também pode ser encontrado em jogos para vídeos-game, jogos de tabuleiros, bonecos dos personagens, adesivos e claros nos livros, que originou a saga.

Uma das principais fontes do Storytelling é a indústria do entretenimento, pois a convergência entre as velhas e as novas mídias, que no qual o grande público é curador, espectador e produtor, tudo isso ao mesmo tempo, obriga essas “ramificações” da narrativa.

Um ponto fundamental que deve ser esclarecido é que fazer um comercial e adaptá-lo para outros tipos de mídia, não é Storytelling.  O Storytelling tem como objetivo transpor sua narrativa para varias outras mídias, mas de formas diferentes sempre. Um grande desafio para as marcas é fazer essa ligação das narrativas com as tecnologias. Essa conciliação é fundamental para que dê certo qualquer ação. 

sábado, 20 de agosto de 2011

Ações Sociais e suas intenções

Neste final de semana o Núcleo de Empresas Juniores de São Paulo promoveu uma ação social bem bacana, isso me deu margem para falar um pouco sobre as marcas e a necessidade de diferenciação. Por esta necessidade muitas empresas acabam buscando esta esse resultado em ações sociais, querendo se aproximar do consumidor de tal forma que muitas vezes é perceptível a ansiedade que a marca tem em querer falar que ela é "super sustentável".

As criticas de ONGs tem o objetivo de desmascarar as marcas geralmente, o Greenpeace é um grande exemplo de ONG que sabe atacar as marcas não sustentaveis, a ultima campanha que eles lançaram em menos de um mês aborda sobre duas marcas rivais: Nike e Adidas, A campanha "DETOX" tinha como briefing provocar um despertar de uma das duas marcas, esse despertar se caracteriza na mobilização da empresa em modificar o modo de produção sujo para uma produção limpo na China. Por incrível que pareça não foi nenhuma das duas marcas que se despertaram, mas foi a equipe de marketing da Puma, "a multinacional anunciou o compromisso de acabar com o descarte de substâncias tóxicas em toda sua cadeia de fornecimento até o ano 2020" (+). Foi uma ideia incrível do Marketing da Puma tomar as dores de seus concorrentes para assim ganhar mídia espontânea como uma marca sustentável, estratégias assim são de se admirar. Mas nem todas as marcas fazem trabalhos sociais apenas para se promover, sem olhar o próximo. A ação social do Núcleo de Empresas Juniores de São Paulo que é composto pelas oito maiores EJ's do estado, foi uma ação que não visa interesses de promoção de nome. Claro que todas as ações podem gerar fatores positivos ou negativos a marca, não é atoa que o resultado de toda esta ação foi este vídeo: http://www.vimeo.com/28074690

Dia 20 de agosto a Jr FAAP, junto ao Núcleo de Empresas Juniores de São Paulo, participou da ação social destinada a "Casa dos Velhinhos de Ondina Lobo", onde participaram de atividades e compartilharam um pouco de amor com os idosos. Doamos uma grande quantidade de roupas e cobertores para o asilo, em troca fomos grandiosamente recompensados com os sinceros sorrisos dos "Velhinhos".

domingo, 14 de agosto de 2011

Vilém Flusser - Filosofia da Caixa Preta

"A Filosofia da Caixa Preta – Ensaios para uma futura filosofia da fotografia" é uma obra do filósofo Vilém Flusser, escrita em 1983, na qual o autor tenta formular uma teoria filosófica, que possa explicar a fotografia e os atos relacionados a ela. /wiki/

Como clarear a caixa preta? Flusser explica.

Dentro desse ensaio filosófico Flusser nos alerta sobre a alienação das pessoas acerca da fotografia, para ele nós se interessamos apenas pelo "in put" e "out put". Há uma ignorância generalizada de nossa parte em não se interessar em saber como que a máquina processa os dados inseridos nela formando a fotografia, ele nos afirma que somos apenas treinado para executar conforme o fabricante restringiu. Flusser nos caracteriza como "Funcionários" ou seja, apenas reproduzimos o que já esta pré estabelecido, o que já foi experimentado e estudado.

Este termo "Funcionários" é comparado aos trabalhadores de indústrias, por fazerem movimentos repetitivos e esperados por seus superiores, eles não questionam e são alienados de toda a linha de produção. Por isso que Flusser nos apresenta a filosofia da Caixa Preta (Caixa Preta, por conta da forma que usam as maquinas fotográficas). Pode ser entendida como um sistema que temos como tarefa "Branquear" esta caixa se quisermos nos diferenciar dos meros "Funcionários". Mas como poderíamos Branquear esta caixa? Estudando muito bem por exemplo as novas tecnologias e não nos deixarmos ser levados pelas facilidades que elas nos apresentam, pois se seguirmos o manual, apenas reproduziremos o que está descrito nele. Estudando a fundo o Sistema nós podemos subverter e usar ele a nosso favor, as redes sociais é o melhor exemplo no contexto que estamos vivendo, com elas as pessoas se voltaram para uma padronização dos dados, esta padronização cai na mesma armadilha apontada por Vilém Flusser, o que devemos fazer é procurar uma nova forma expor dados na rede com isso nos destacando do resto.